terça-feira, 4 de junho de 2013

Quase nada!

Queria que a vida coubesse numa mala.
Vida nômade.
Sem vínculos, sem compromissos, sem obrigações, sem dívidas, sem razões, sem pendências, apenas a vontade.
O sonho a realizar, o amanhã que é hoje.
Ter o mundo como lar. Quarto de hotel, barraca, barco, casa de amigo, parente.
Com ou sem companhia.
O desafio do novo a cada dia, moto perpetuo, ou não. Apenas ilusão. Realidade em constante mutação. Adaptação, palavra de ordem.
Criar do vácuo, sonhar sem razões, realizar por prazer, aprender como objetivo final, adivinhar o insondável, prever o intangível, tentar a esperança, desistir por capricho, investir pela insanidade, morrer ao acaso.
Partir como cheguei, sem nada. Mãos vazias, órbitas nuas, energia e matéria de volta ao seu ciclo. Quase nada, apenas uma mancha borrada que se foi sem ter deixado marcas.



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