Para cada palavra uma sensação. Nada de meias medidas ou meais verdades, apenas o sentir.
A flor da pele o suor frio da indecisão, as mãos tremulas da ansiedade, o coração palpitando dentro peito como se pudesse fugir aos saltos, senhor do seu destino.
O cérebro ofuscado pelas nuvens e vapores dos pensamentos incompletos e confusos de quem está perdido na escuridão em plena luz e calor do meio dia.
Meia vida vivida de meias certezas e meias agruras. Tudo pela metade.
A cada início o fim se aproxima antes da hora, pois no meio do caminho há o inevitável, seja ele a meia desculpa que for.
Meias laranjas sempre serão metades e nunca o todo.
Abrasando na memória idéias truncadas ao meio, como se o inteiro pudesse desagregar o ser.
Ser pela metade é não ser nada, nunca inteiro, nunca final, nunca definitivo. Apenas meio projeto, meia realidade.
Nessa bruma de indecisões meios acertos morrendo a meio caminho da praia.
Nada se salva, apenas meias ilusões de que tudo será inteiro um dia.
Mas não se trata do caminho do meio, do equilíbrio. Trata-se do caos, da repartição aleatória de uma meia esperança.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Apenas o que vier
Levianamente percebemos que já é tarde.
Mas isso é irrelevante. Cada um chega ou parte em sua hora, no meio o que vier...
Sem pontes, sem laços, sem amarras, sem lágrimas, sem gritos, sem agonia, sem perceber.
A toa nos preocupamos com as sutilezas do querer e do poder, mas no meio apenas o que vier...
Visceral, tempestuoso, acre, suado, profundo, desmedido, arrebatador.
Desesperados indagamos como chegamos até tal ponto, mas no meio o que vier..
Nada de escolhas, nada de escoltas, nada de planos, nada de vícios, nada a sustentar.
A conta chega de que sem nada, com destemperos ou negações haverá o que tiver que ser.
O inferno não é o outro, nós mesmos o construímos a cada dia, para fazer o drama e viver no meio o que vier.
Tudo e nada ao mesmo tempo. Tudo o que não planejei deu certo, mas por outro lado, apenas o que vier.
Mas isso é irrelevante. Cada um chega ou parte em sua hora, no meio o que vier...
Sem pontes, sem laços, sem amarras, sem lágrimas, sem gritos, sem agonia, sem perceber.
A toa nos preocupamos com as sutilezas do querer e do poder, mas no meio apenas o que vier...
Visceral, tempestuoso, acre, suado, profundo, desmedido, arrebatador.
Desesperados indagamos como chegamos até tal ponto, mas no meio o que vier..
Nada de escolhas, nada de escoltas, nada de planos, nada de vícios, nada a sustentar.
A conta chega de que sem nada, com destemperos ou negações haverá o que tiver que ser.
O inferno não é o outro, nós mesmos o construímos a cada dia, para fazer o drama e viver no meio o que vier.
Tudo e nada ao mesmo tempo. Tudo o que não planejei deu certo, mas por outro lado, apenas o que vier.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Gotas
Toda uma vida pode estar contida em uma gota.
Uma gota de lágrima pode destilar toda a amargura de um coração.
Do sangue uma gota basta para saber sua descendência.
Na alegria uma gota a mais de esperança passa despercebida.
Em se tratando de tristeza basta uma gota para transbordar o choro.
Uma gota, tão somente uma gota de veneno para matar uma alma.
Na adoção uma gota de carinho vale mais que o abandono a que foi submetido o ser.
Saudade, uma gota a cada dia, até o final dos dias...
Gotas que curam, gotas que matam, gotas que doem, gotas que calam, gotas que consolam.
Lindas gotas de tinta transformando a aspereza do real.
"...É a gota que falta para o desfecho da festa..."
Gotas virtuais e reais. Doses certas para cada situação.
Gotas de perigo e risco para a emoção explodir em adrenalina pura, gotas de coragem, gotas de imaginação, gotas de transparência reluzente e textura fria.
Crença vendida em gotas para os carentes, sabores servido em gotas para transformar o paladar, prazeres entregue em gotas para alimentar o desejo. Sabedoria adquirida gota a gota, como um fino fio inquebrantável e instável, buscando sempre a compreensão do todo. Mas o todo continua na gota...
Nada mais complexo que uma simples gota.
Uma gota de lágrima pode destilar toda a amargura de um coração.
Do sangue uma gota basta para saber sua descendência.
Na alegria uma gota a mais de esperança passa despercebida.
Em se tratando de tristeza basta uma gota para transbordar o choro.
Uma gota, tão somente uma gota de veneno para matar uma alma.
Na adoção uma gota de carinho vale mais que o abandono a que foi submetido o ser.
Saudade, uma gota a cada dia, até o final dos dias...
Gotas que curam, gotas que matam, gotas que doem, gotas que calam, gotas que consolam.
Lindas gotas de tinta transformando a aspereza do real.
"...É a gota que falta para o desfecho da festa..."
Gotas virtuais e reais. Doses certas para cada situação.
Gotas de perigo e risco para a emoção explodir em adrenalina pura, gotas de coragem, gotas de imaginação, gotas de transparência reluzente e textura fria.
Crença vendida em gotas para os carentes, sabores servido em gotas para transformar o paladar, prazeres entregue em gotas para alimentar o desejo. Sabedoria adquirida gota a gota, como um fino fio inquebrantável e instável, buscando sempre a compreensão do todo. Mas o todo continua na gota...
Nada mais complexo que uma simples gota.
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Inverno após inverno
Conforme o inverno avança,
as sombras em meu coração aumentam.
Sinto-me lento,
sem qualquer movimento,
quase morto,
enquanto os termômetros baixam,
Quase não há mais esperança.
Inverno após inverno as sombras chegam,
e eu fico agachado, com frio.
E enquanto os anos passam,
fico mais tolo e, sem qualquer razão,
finjo aos outros que rio.
as sombras em meu coração aumentam.
Sinto-me lento,
sem qualquer movimento,
quase morto,
enquanto os termômetros baixam,
Quase não há mais esperança.
Inverno após inverno as sombras chegam,
e eu fico agachado, com frio.
E enquanto os anos passam,
fico mais tolo e, sem qualquer razão,
finjo aos outros que rio.
Queria
Texto de uma pessoa que amo muito, enviado após ler este Blog.
Queria tanto tantas coisas quase tudo.
Queria tanto tantas coisas quase tudo.
Queria não querer nada.
Queria poder tudo.
Queria que Deus existisse.
Queria que houvesse justiça.
Queria que na vida, assim como na física, tudo tendesse ao equilíbrio.
Queria que o equilíbrio não fosse chato.
Queria não ser chato.
Queria mudar o tutano para não querer o que quero, mas queria que o que
quererei não seja constante.
Queria ser diferente sem ser igual.
Queria que fosse possível ser sempre diferente, sabendo que, mesmo mudando,
seremos sempre iguais.
Queria buscar sempre a liberdade.
Queria que essa busca não fosse uma prisão em si mesma.
Queria que o maldito Sartre não tivesse existido.
Queria ter conseguido.
Queria ter-lhe feito enxergar.
Queria ter-lhe feito se conhecer e se ver.
Queria lhe dar esperança.
Queria mostrar como pode ser bonita quando quer.
Queria que você quisesse.
Queria o que você quisesse.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Tristeza
Tristeza é um poço sem fundo. Quanto mais você alimenta mais ela pede.
Sempre com o bico aberto, aguardando novos sonhos e esperanças, motivações e realizações, amores e amizades, tudo que for não volta.
Caminho sem fim, cansaço sem repouso, vigília sem sono. Eterno despertar numa madrugada fria e inóspita.
Tudo é pouco, nada basta.
O repleto do feliz é o vazio que corrói as entranhas da alma do eterno descontente.
Mas quantas desilusões são necessárias para que uma pessoa se torne infeliz?
A pessoa pode ter se sentido infeliz durante uma vida, passado longos anos acreditando ser feliz, e um dia acordar infeliz novamente.
Aquele sentimento conhecido, que parece não ter segredos e que se conforta tão bem em seu íntimo. É como um velho amigo que volta para reivindicar o seu lugar. O caracol que por milagre retorna a sua concha, vestindo a como uma roupa velha, gasta e adequada.
Esse lugar já não mais lhe pertence, mas mesmo assim, como foi possível haver espantado a felicidade e se alojado com unhas, garras e dentes de forma tão profunda?
Que direito lhe foi dado para de forma tão abrupta aniquilar os resquícios de esperança, os escombros de ilusão?
Nada, nem mesmo a morte é uma solução. A morte é o fim. O nada. O não sentir. O ápice o aniquilamento. Mas não a felicidade.
É estranhamente uma desconhecida essa felicidade. Superficial e móvel, qualquer abalo a leva. Ser feliz deve ser uma ciência para poucos. Há quem diga que a felicidade é para os ignorantes. Será?
Caso seja, trocaria todo o meu saber pela obtusidade, por um pouco de felicidade. Uma alegria vã. A passagem de um sorriso, uma leveza no peito e uma certeza de que tudo será melhor.
Mas não sou assim. Tratarei de carregar meu fardo tentando agarrar umas poucas alegrias que passem pelo caminho. E imaginar que a felicidade voltou, como se isso fosse possível.
Sempre com o bico aberto, aguardando novos sonhos e esperanças, motivações e realizações, amores e amizades, tudo que for não volta.
Caminho sem fim, cansaço sem repouso, vigília sem sono. Eterno despertar numa madrugada fria e inóspita.
Tudo é pouco, nada basta.
O repleto do feliz é o vazio que corrói as entranhas da alma do eterno descontente.
Mas quantas desilusões são necessárias para que uma pessoa se torne infeliz?
A pessoa pode ter se sentido infeliz durante uma vida, passado longos anos acreditando ser feliz, e um dia acordar infeliz novamente.
Aquele sentimento conhecido, que parece não ter segredos e que se conforta tão bem em seu íntimo. É como um velho amigo que volta para reivindicar o seu lugar. O caracol que por milagre retorna a sua concha, vestindo a como uma roupa velha, gasta e adequada.
Esse lugar já não mais lhe pertence, mas mesmo assim, como foi possível haver espantado a felicidade e se alojado com unhas, garras e dentes de forma tão profunda?
Que direito lhe foi dado para de forma tão abrupta aniquilar os resquícios de esperança, os escombros de ilusão?
Nada, nem mesmo a morte é uma solução. A morte é o fim. O nada. O não sentir. O ápice o aniquilamento. Mas não a felicidade.
É estranhamente uma desconhecida essa felicidade. Superficial e móvel, qualquer abalo a leva. Ser feliz deve ser uma ciência para poucos. Há quem diga que a felicidade é para os ignorantes. Será?
Caso seja, trocaria todo o meu saber pela obtusidade, por um pouco de felicidade. Uma alegria vã. A passagem de um sorriso, uma leveza no peito e uma certeza de que tudo será melhor.
Mas não sou assim. Tratarei de carregar meu fardo tentando agarrar umas poucas alegrias que passem pelo caminho. E imaginar que a felicidade voltou, como se isso fosse possível.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Perdas
Há dias em que não conseguimos nos conter dentro de nós mesmos. Porém há outros em que os limites da pele são imensos. Dentro dessas fronteiras ficamos perdidos sem saber para onde ir, o que fazer ou mesmo o que pensar.
Como a mudança dos ventos, pode ser inesperada essa transformação da marola em tsuname.
Perder-se, afogar-se e não enxergar vias. Apenas ilusões.
O concreto não existe, a matéria é insustentável, apenas longos tentáculos tateando o espaço vazio entre o ser e o externo.
Fogo sem chama nem calor, água quente vitrificada.
Um olhar vazio, nuvens sobre os sentidos.
Sonhos alheios passando diante do desfile das próprias idéias. O passado reivindicando seu preço.
O futuro..
Nada sei. Esperar o que, quando tudo já foi feito?
Os sinais sempre presente e nunca vistos.
Precipício na boca do estomago a cada decisão. Será uma nova desilusão...
Injustificável fracasso da razão diante da caótica realidade.
Perdi, mais um já se foi.
Como a mudança dos ventos, pode ser inesperada essa transformação da marola em tsuname.
Perder-se, afogar-se e não enxergar vias. Apenas ilusões.
O concreto não existe, a matéria é insustentável, apenas longos tentáculos tateando o espaço vazio entre o ser e o externo.
Fogo sem chama nem calor, água quente vitrificada.
Um olhar vazio, nuvens sobre os sentidos.
Sonhos alheios passando diante do desfile das próprias idéias. O passado reivindicando seu preço.
O futuro..
Nada sei. Esperar o que, quando tudo já foi feito?
Os sinais sempre presente e nunca vistos.
Precipício na boca do estomago a cada decisão. Será uma nova desilusão...
Injustificável fracasso da razão diante da caótica realidade.
Perdi, mais um já se foi.
domingo, 4 de agosto de 2013
Tao Te Ching
O ideograma chinês Tao, que literalmente traduzido significa caminho, exprime o conceito filosófico de Absoluto. Este conceito traz a idéia de origem, princípio e essência de todas as coisas. O Absoluto está além do tempo, do espaço e das linguagens. Sendo assim, não pode ser expresso, pois todas as expressões dependem de uma linguagem e de uma referência de tempo e espaço. Da mesma forma que não é possível usar uma régua para medir algo que está além das medidas, também não se pode utilizar a linguagem para descrever algo que está além da linguagem. Ou seja, não é possível usar conceitos ou ferramentas do mundo finito para definir algo que é o próprio infinito. Por isso, Lao Zi diz, no Tao Te Ching: “O caminho que pode ser expresso não é o Caminho constante”.
Todas as linguagens – imagens, símbolos, palavras, idéias, pensamentos, sentimentos, emoções, etc. – são manifestações posteriores à criação do universo. Todas essas manifestações correspondem a formas limitadas, passageiras, temporárias e impermanentes. Os valores atribuídos às coisas mudam conforme o tempo e o destino. O que hoje é valorizado, considerado nobre, bonito e inovador, amanhã certamente não será mais. Do mesmo modo, um caminho feito numa determinada época, que está sendo seguido hoje, amanhã poderá não ser mais. Então, um caminho que possa ser expresso através da forma não é eterno, não é o Caminho constante.
foto: “O caminho que pode ser expresso não é o Caminho constante. O nome que pode ser enunciado não é o Nome constante.” Tao Te Ching – Capítulo 1 – Lao Zi
Nenhuma palavra pode enquadrar a real natureza do Tao. “O nome que pode ser enunciado não é o Nome constante”, ou seja: o Absoluto está além das linguagens. Apesar disso, para que possamos compreender racionalmente a experiência de um mestre que vive na condição Absoluta de ser, torna-se necessário a utilização de nomes, de palavras. Em outra obra de sua autoria – o Tratado da Transparência e da Quietude Permanente – Lao Zi reforça essa idéia: “O Grande Caminho não tem nome, não tem emoção, não tem forma. Eu não sei seu nome, mas me esforçando, atribuo a ele um nome, chamando-o de Caminho”.
Um caminho só tem sentido e efeito reais quando existem três elementos atuando simultaneamente: o caminhante, o caminho e o ato de caminhar. Um caminho que existe, porém não é trilhado, não tem utilidade. Da mesma forma, caso exista o caminhante, mas não exista o caminho, o caminhante não saberá por onde caminhar. Finalmente, caso exista caminho e caminhante, ainda assim, dependemos de um terceiro elemento: o ato de caminhar. Ou seja, a condição Absoluta de ser só pode ser encontrada através de experiência pessoal; o Absoluto existe somente quando nos integramos a ele. Assim, você pode até compreender racionalmente que existe uma condição anterior ao céu e à terra, fonte criadora de todas as coisas; porém, caso você não a vivencie através da prática de um caminho, ela não existirá para você. Um caminho espiritual precisa ser praticado para que possa ocorrer a realização pessoal do praticante. Por isso, Lao Zi escolheu o termo “caminho” para representar o Absoluto.
Esse caminho é o Caminho do Infinito, ou seja, um caminho que nunca termina. Apesar de um taoísta nunca alcançar uma meta final, o próprio fato de estar trilhando um caminho que não termina significa que está vivendo o Caminho do Infinito, ou seja, significa que alcançou seu objetivo espiritual. No Taoísmo, você nunca considera que chegou no final da linha, que sua realização espiritual está terminada. Caso contrário, o caminho trilhado não seria o Caminho Constante.
Pensando a linguagem como palavras, esse Caminho – que está além dela – se compara com o silêncio, com a ausência de palavras. Considerando como linguagem os pensamentos, idéias, intenções, visualizações, formas e símbolos, o além da linguagem seria a própria quietude. Esta quietude não deve ser compreendida como ausência de todas as coisas, mas como algo anterior que permite que todas as coisas se manifestem de maneira natural e espontânea. Ou seja, o Caminho é o próprio silêncio, a quietude e o vazio que está por trás e que coexiste com todos os ruídos, manifestações e formas da existência.
Sendo assim, para que possamos encontrar o Caminho, precisamos encontrar o silêncio e a quietude interior, precisamos resgatar uma condição de transparência em relação ao ambiente externo. Não importa em que condição se encontre o ambiente – se é ruidoso, barulhento e agitado, ou um local tranqüilo – não importa onde você esteja ou o que ocorra, o silêncio e a quietude interior devem permanecer inalterados, independente de qualquer fator externo. Para alcançarmos esse verdadeiro silêncio e quietude interior, precisamos possuir um certo grau de tranqüilidade, precisamos estar nos sentindo bem. É impossível alguém encontrar um caminho interior de paz e tranqüilidade se estiver remoendo algum sentimento no seu interior.
No mesmo tratado, em capítulos posteriores, Lao Zi menciona muitas vezes a expressão “ausência de remorso”. Ausência de remorso é exatamente ter paz e tranqüilidade interior. Trata-se de reconhecer de maneira sincera e honesta que, dentro do possível, apesar de todas nossas limitações, é possível se aperfeiçoar e melhorar na vida cotidiana, sempre buscando realizar o melhor para si próprio e para as outras pessoas.
O taoísmo não acredita no discurso de algumas pessoas que afirmam: “Todos estão no meu interior; basta que eu faça por mim, para estar fazendo por todos”. Um caminho espiritual não é um caminho onde se busca benefício exclusivamente pessoal, onde o mundo deixa de ter importância. Por isso, a sinceridade interior é essencial para podermos alcançar o estágio de ausência de remorso. Sinceridade significa fidelidade, lealdade e honestidade, com si próprio e com os outros.
Então, para retornarmos ao Tao, ao Absoluto, temos que primeiro recuperar o nosso bem estar e a nossa paz interior. A partir desta condição, podemos encontrar o silêncio e a quietude interior, abandonando uma identidade egóica e trilhando um caminho que está além da forma e das linguagens. E, ao trilhar este caminho, integrando-o a nossa vida diária, vamos nos unindo ao Tao.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Degredo
Sair de mim, sem destino nem objetivos traçados.
Perder-me para poder encontrar um ser que desconheço e por vezes vislumbro no acúmulo de bagagens, lembranças, mal querenças, mágoas e alegrias fugazes.
Despertar do longo pesadelo e perdoar a mim mesma dos inconfessáveis deslises cometidos vida afora.
Parir-me da dor e ter a alegria de ver surgir da argila intocada material para ser remodelado.
Sonhos... Nada mais que sonhos. Ninguém muda, apenas encontra novas faces do mesmo poliedro. A reverberação continuará em suas novas formas e disposições. Nada novo, apenas reciclagem de material utilizado e cansado de tanto ser esticado e encolhido conforme a necessidade.
Pedaços justapostos, ou mesmo sobrepostos, sem jamais alcançar o brilho do que poderia ter sido um dia...
Nem mesmo esse degredo será suficiente para aplacar a fúria e o apetite pelo novo.
Sonharam por mim, sem que tivessem procuração. Viveram por mim, sem consentimento. Cheguei sem ser esperada nem desejada. E pior, nunca senti-me aceita ou acolhida.
Apenas algo a ser tolerado pelas conveniências e obrigações.
Nada fiz, nada pedi, apenas rebelei-me. Mas com que objetivo? Quais eram minhas vontades além de negar o que era impostura?
Nem mesmo sei de onde parti. Onde chegarei? Ao fim, como todo mundo.
Resta a questão do que fazer nesse meio tempo. Negando-me o que quero, ou sem saber o que desejo? Continuo sem saber. Tempo e espaço não existem, são conceitos criados para evitar o caos.
Caos. Seria esse meu lar, minha essência, meu destino e vontade?
Degredo. Perder-me para quem sabe encontrar-me.
Perder-me para poder encontrar um ser que desconheço e por vezes vislumbro no acúmulo de bagagens, lembranças, mal querenças, mágoas e alegrias fugazes.
Despertar do longo pesadelo e perdoar a mim mesma dos inconfessáveis deslises cometidos vida afora.
Parir-me da dor e ter a alegria de ver surgir da argila intocada material para ser remodelado.
Sonhos... Nada mais que sonhos. Ninguém muda, apenas encontra novas faces do mesmo poliedro. A reverberação continuará em suas novas formas e disposições. Nada novo, apenas reciclagem de material utilizado e cansado de tanto ser esticado e encolhido conforme a necessidade.
Pedaços justapostos, ou mesmo sobrepostos, sem jamais alcançar o brilho do que poderia ter sido um dia...
Nem mesmo esse degredo será suficiente para aplacar a fúria e o apetite pelo novo.
Sonharam por mim, sem que tivessem procuração. Viveram por mim, sem consentimento. Cheguei sem ser esperada nem desejada. E pior, nunca senti-me aceita ou acolhida.
Apenas algo a ser tolerado pelas conveniências e obrigações.
Nada fiz, nada pedi, apenas rebelei-me. Mas com que objetivo? Quais eram minhas vontades além de negar o que era impostura?
Nem mesmo sei de onde parti. Onde chegarei? Ao fim, como todo mundo.
Resta a questão do que fazer nesse meio tempo. Negando-me o que quero, ou sem saber o que desejo? Continuo sem saber. Tempo e espaço não existem, são conceitos criados para evitar o caos.
Caos. Seria esse meu lar, minha essência, meu destino e vontade?
Degredo. Perder-me para quem sabe encontrar-me.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Ode a Apollo
Com brilho dourado ascende aos céus
afim de a todos encantar com a lira.
Com suas setas, pune os injustos
e com um sorriso, ajuda quem o procura.
O amor foi cantado por ti diversas vezes
e os ouvintes sempre concordaram contigo.
Chega, então, minha vez de ouvir a poesia,
e não é difícil se maravilhar com o que é proferido.
Ilumina e revela o que está à frente.
Aquece e deleita quem descança em sua luz,
que é forte e quente.
Luz que cega e que aquece,
que perdoa e que ensina
a quem devemos dirigir nossas preces.
afim de a todos encantar com a lira.
Com suas setas, pune os injustos
e com um sorriso, ajuda quem o procura.
O amor foi cantado por ti diversas vezes
e os ouvintes sempre concordaram contigo.
Chega, então, minha vez de ouvir a poesia,
e não é difícil se maravilhar com o que é proferido.
Ilumina e revela o que está à frente.
Aquece e deleita quem descança em sua luz,
que é forte e quente.
Luz que cega e que aquece,
que perdoa e que ensina
a quem devemos dirigir nossas preces.
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Musas
Conheço gente que deveria ser paga simplesmente para pensar.
Não estou falando de filósofos, nem cientistas, mas pessoas comuns, que têm idéias brilhantes, exuberantes, em jorros a partir da simples contemplação da atividade alheia.
O brilho e o frescor da novidade, pela observação e curiosidade que lhe são inatas tão fascinantes que renderiam livros. Porém, essas idéias não frutificam, simplesmente porque tais pessoas não são executivas. Não têm o poder de pegar uma única ideia e transforma-la num negócio e dele viver até o final de seus dias.
Esse manancial não tem fim, e tudo que é proposto tão logo posto em prática dá origem à novas idéias e sonhos e resultados e novidades.
O valor está na inovação, no começo. O simples florescer do inusitado. A repetição não os compras, apenas afoga seu brilho na opacidade da constância.
Este não é um mundo para gênios contemplativos, mas para aqueles que medem e pesam tudo no valor do dinheiro, mas são incapazes de pagar pelas idéias desses seres imaginativos e irrequietos que vivem a míngua e a margem, pois nada chega a ser bom o bastante para ser finalizado, algo novo já superou de forma ainda mais criativa.
É uma cornucópia, e quem souber aproveitar o que dela sai, poderá gerar riquezas, ao contrário do próprio nascedouro que simplesmente dá como se a criação em si fosse desprovida de valor, já que faz parte de sua essência.
Vi tantos fazerem a vida a partir dessas fagulhas e esse idealizador jamais ser reconhecido. Ilustre desconhecido, artista das bolhas de sabão, engenheiro dos castelos de areia, matemático da insustentabilidade, poeta do silêncio, visionário cego do próprio dom.
Faltam mecenas e sobram aproveitadores. Pobre ser fadado a ser seduzido pelas musas inspiradoras e derrotado pelos titãs do empreendedorismo, oportunistas e executores da criação alheia, negando crédito a quem de fato pariu a semente do todo.
Não estou falando de filósofos, nem cientistas, mas pessoas comuns, que têm idéias brilhantes, exuberantes, em jorros a partir da simples contemplação da atividade alheia.
O brilho e o frescor da novidade, pela observação e curiosidade que lhe são inatas tão fascinantes que renderiam livros. Porém, essas idéias não frutificam, simplesmente porque tais pessoas não são executivas. Não têm o poder de pegar uma única ideia e transforma-la num negócio e dele viver até o final de seus dias.
Esse manancial não tem fim, e tudo que é proposto tão logo posto em prática dá origem à novas idéias e sonhos e resultados e novidades.
O valor está na inovação, no começo. O simples florescer do inusitado. A repetição não os compras, apenas afoga seu brilho na opacidade da constância.
Este não é um mundo para gênios contemplativos, mas para aqueles que medem e pesam tudo no valor do dinheiro, mas são incapazes de pagar pelas idéias desses seres imaginativos e irrequietos que vivem a míngua e a margem, pois nada chega a ser bom o bastante para ser finalizado, algo novo já superou de forma ainda mais criativa.
É uma cornucópia, e quem souber aproveitar o que dela sai, poderá gerar riquezas, ao contrário do próprio nascedouro que simplesmente dá como se a criação em si fosse desprovida de valor, já que faz parte de sua essência.
Vi tantos fazerem a vida a partir dessas fagulhas e esse idealizador jamais ser reconhecido. Ilustre desconhecido, artista das bolhas de sabão, engenheiro dos castelos de areia, matemático da insustentabilidade, poeta do silêncio, visionário cego do próprio dom.
Faltam mecenas e sobram aproveitadores. Pobre ser fadado a ser seduzido pelas musas inspiradoras e derrotado pelos titãs do empreendedorismo, oportunistas e executores da criação alheia, negando crédito a quem de fato pariu a semente do todo.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Passos
"Já conheço os passos dessa estrada, sei que não vai dar em nada,
Seus segredos sei de cor..."
Ah! Chico Buarque de Holanda. Inveja dessa facilidade de colocar em palavras o que cala fundo na alma.
Mas, esse pequeno trecho musical diz tanto...
Serve para os meus sentimentos, para a vida política desta imensa Nação, para o caminhas dos jovens, e dos mais velhos que vêm a mim.
Saber e não aprender. Não, é mais profundo, você aprende, mas na derradeira hora escolhe os mesmos caminhos, não por já conhece-los, mas por não enxergar outros a sua frente.
A vida como um labirinto, e podemos achar uma Minotauro, uma fada ou simplesmente a própria essência.
Os primeiros passos tão festejados, e os últimos normalmente tão dolorosos. A não ser para os eternamente jovens, os que morrem cedo.
Passos que podem ser guiados, atormentados ou simplesmente dados junto com a multidão que segue sem parar nem pensar para onde ou por que.
Vontade de dar passos a beira mar, com a lua no céu e a água salgada lambendo as barras largas, o torpor do ar repleto de maresia, não ter destino, apenas solitude e silêncio.
Passos que levem ao retiro da alma cansada de tantas batalhas, apenas pelo prazer de levar um pé adiante do outro, sem destino ou tempo.
Areia, pedras, água, brilho e umidade, toda a humanidade sendo expelidas pelos poros no ritmo das bátidas de um coração que não trai a paz alcançada no conhecimento de saber que não dará em nada.
Os segredos calam dentro de cada um, pois segredo compartilhado é cumplicidade. Segredo é aquilo que somente você conhece, e mais ninguém.
Que fiquem as dúvidas, suspeitas sejam sussurradas, esperanças enaltecidas...
Mais um passo e adeus!
Seus segredos sei de cor..."
Ah! Chico Buarque de Holanda. Inveja dessa facilidade de colocar em palavras o que cala fundo na alma.
Mas, esse pequeno trecho musical diz tanto...
Serve para os meus sentimentos, para a vida política desta imensa Nação, para o caminhas dos jovens, e dos mais velhos que vêm a mim.
Saber e não aprender. Não, é mais profundo, você aprende, mas na derradeira hora escolhe os mesmos caminhos, não por já conhece-los, mas por não enxergar outros a sua frente.
A vida como um labirinto, e podemos achar uma Minotauro, uma fada ou simplesmente a própria essência.
Os primeiros passos tão festejados, e os últimos normalmente tão dolorosos. A não ser para os eternamente jovens, os que morrem cedo.
Passos que podem ser guiados, atormentados ou simplesmente dados junto com a multidão que segue sem parar nem pensar para onde ou por que.
Vontade de dar passos a beira mar, com a lua no céu e a água salgada lambendo as barras largas, o torpor do ar repleto de maresia, não ter destino, apenas solitude e silêncio.
Passos que levem ao retiro da alma cansada de tantas batalhas, apenas pelo prazer de levar um pé adiante do outro, sem destino ou tempo.
Areia, pedras, água, brilho e umidade, toda a humanidade sendo expelidas pelos poros no ritmo das bátidas de um coração que não trai a paz alcançada no conhecimento de saber que não dará em nada.
Os segredos calam dentro de cada um, pois segredo compartilhado é cumplicidade. Segredo é aquilo que somente você conhece, e mais ninguém.
Que fiquem as dúvidas, suspeitas sejam sussurradas, esperanças enaltecidas...
Mais um passo e adeus!
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Pantagruel
Quanto apetite! Jamais será saciado.
Você pensou em comida?
Não. Não é esse o apetite do meu Pantagruel.
É conhecimento. Tudo e nada o interessam.
Uma voragem que absorve cada gota que passa a sua frente, e depois a carcaça vazia da fonte é descartada, quase com indiferença infantil.
Mas esta fera não se satisfaz com qualquer coisa. Seu gosto é refinado e seletivo. Portanto o descarte é desumano, por vezes basta uma prova da essência para que o todo seja rejeitado.
Conhecimento em profundidade e também em amplitude, diâmetro, por menores que sejam os detalhes e as sutilezas que passariam despercebidas a qualquer um. Não deste mestre em esmiuçar cada sentido e facetas da informação e do conhecimento.
Mesmo como leigo suas perguntas são contundentes. Um examinador nato.
Mas, como então esse criador e criatura consegue conceber uma obra derivativa? Tudo que o rodeia faz parte do todo e o todo perde o sentido por não ser obra sua originalmente.
Pena e castigo, a eterna ânsia por criar algo novo.
Então a alucinação o transmuta em fera enjaulada. Seu conhecimento ao contrário de ser libertador, torna-se sua prisão.
Competir consigo mesmo é perder sempre. Não há como apenas um lado ganhar. Maniqueísta? Sim e não.
Tantos o vêm como inteligente e culto. Outros como distraído, de tão concentrado em seus pensamentos o mundo lhe passa como que alheio, apenas ingenuamente curioso.
Há os que enxergam fracasso em tanto conhecimento desperdiçado, posto que não concretizado em uma obra palpável.
Mas os poucos que de fato conseguem compreende-lo vêm a beleza desse fenômeno irreal e sublime que coloca o conhecimento das forças da natureza, da criação humana e do divino num patamar inimaginável.. Conhecimento intangível aos seus sentidos e anseios.
Nunca nada será suficiente, nem mesmo a vida eterna lhe daria tempo para aprender tudo com a perfeição que almeja.
Benditos os ignorantes, pois a eles é concedida a felicidade.
Você pensa que o Pantagruel é uma fera terrível, desumana, fria, calculista e destruidora? Não, muito pelo contrário.
Pantagruel enxerga beleza onde nada vemos, vê doçura onde outros vêm maldade, chora apenas ao pensar nos filhos. A lua, o formato de um nautilus, a cor de uma gema, o sabor do novo ou da lembrança.
Sua palavra de ordem é a generosidade, dividir o seu saber, ensinar a quem se interessa, apoiar, entusiasmar, consolar, sem jamais pedir qualquer coisa em troca, nem mesmo conhecimento, seu alimento primal.
Pantagruel é visceral.
Você pensou em comida?
Não. Não é esse o apetite do meu Pantagruel.
É conhecimento. Tudo e nada o interessam.
Uma voragem que absorve cada gota que passa a sua frente, e depois a carcaça vazia da fonte é descartada, quase com indiferença infantil.
Mas esta fera não se satisfaz com qualquer coisa. Seu gosto é refinado e seletivo. Portanto o descarte é desumano, por vezes basta uma prova da essência para que o todo seja rejeitado.
Conhecimento em profundidade e também em amplitude, diâmetro, por menores que sejam os detalhes e as sutilezas que passariam despercebidas a qualquer um. Não deste mestre em esmiuçar cada sentido e facetas da informação e do conhecimento.
Mesmo como leigo suas perguntas são contundentes. Um examinador nato.
Mas, como então esse criador e criatura consegue conceber uma obra derivativa? Tudo que o rodeia faz parte do todo e o todo perde o sentido por não ser obra sua originalmente.
Pena e castigo, a eterna ânsia por criar algo novo.
Então a alucinação o transmuta em fera enjaulada. Seu conhecimento ao contrário de ser libertador, torna-se sua prisão.
Competir consigo mesmo é perder sempre. Não há como apenas um lado ganhar. Maniqueísta? Sim e não.
Tantos o vêm como inteligente e culto. Outros como distraído, de tão concentrado em seus pensamentos o mundo lhe passa como que alheio, apenas ingenuamente curioso.
Há os que enxergam fracasso em tanto conhecimento desperdiçado, posto que não concretizado em uma obra palpável.
Mas os poucos que de fato conseguem compreende-lo vêm a beleza desse fenômeno irreal e sublime que coloca o conhecimento das forças da natureza, da criação humana e do divino num patamar inimaginável.. Conhecimento intangível aos seus sentidos e anseios.
Nunca nada será suficiente, nem mesmo a vida eterna lhe daria tempo para aprender tudo com a perfeição que almeja.
Benditos os ignorantes, pois a eles é concedida a felicidade.
Você pensa que o Pantagruel é uma fera terrível, desumana, fria, calculista e destruidora? Não, muito pelo contrário.
Pantagruel enxerga beleza onde nada vemos, vê doçura onde outros vêm maldade, chora apenas ao pensar nos filhos. A lua, o formato de um nautilus, a cor de uma gema, o sabor do novo ou da lembrança.
Sua palavra de ordem é a generosidade, dividir o seu saber, ensinar a quem se interessa, apoiar, entusiasmar, consolar, sem jamais pedir qualquer coisa em troca, nem mesmo conhecimento, seu alimento primal.
Pantagruel é visceral.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
terça-feira, 2 de julho de 2013
Implacável
Implacavelmente o tempo nos alcança, e antigas expressões que nada significavam passam a ser o compasso e a cadência de nossas existências.
A cada dia damos mais um passo para a linha de frente, seja com alegria, volúpia, indiferença ou temor.
Quando criança perguntava à minha avó e minhas tias Terezinas, Adelinas, Christinas, Benjaminas, e tantas outras matriarcas guerreiras e com gênios implacáveis, por qual razão as linhas no canto de suas bocas eram caídas. Um ricto descendente que não fazia sentido para mim.
A resposta variava: tristeza, sofrimento, choro, perda, amargura, arrependimento. Enfim, decepções da vida que deixaram suas marcas, gravando na pele como o buril na chapa para imprimir uma gravura.
Elas tiveram suas alegrias, mas parece que as tristezas marcam com maior profundidade e inclemência.
As melhores eram aquelas que tinham brilho nos olhos, apetite pela vida, alegria, esperança renovada por nada mais que uma xícara de chá ou um bombocado que tivesse sido feito com gosto.
Qual foi meu espanto ao ver o canto dos meus lábios com o mesmo ricto? Não sei...
Será que meus olhos ainda têm o brilho? Qual era a idade delas? Para onde foram todos os sonhos e as esperanças?
Simplesmente o tempo passou e eu também tive de tudo a minha dose. Continuo sem saber o que está por vir. Só sei que a cada dia estou mais próxima da linha de frente nesta batalha que se desenrola eternamente no Universo.
Vejo hoje estrelas que já não existem e ignoro aquelas que já nasceram mas ainda estão tão distante que nem posso imaginar a cor de sua luz.
Diante de tal dança, qual a importância desse ricto? Na verdade, qual a importância de qualquer coisa ou ser?
Mas, não quero apenas uma xícara de chá ou um bombocado.
Sou implacável. Quero mais. Quero ressurgir de minhas próprias cinzas, construir mais vida, vibração e estradas.
Preciso percorrer caminhos, encontrar motivos, desbravar dificuldades e conquistar o direito de dizer que vivi.
Não vou deixar marcas, nem preciso disso. Apenas ser implacável e não deixar que o tempo destrua o brilho nos meus olhos.
A cada dia damos mais um passo para a linha de frente, seja com alegria, volúpia, indiferença ou temor.
Quando criança perguntava à minha avó e minhas tias Terezinas, Adelinas, Christinas, Benjaminas, e tantas outras matriarcas guerreiras e com gênios implacáveis, por qual razão as linhas no canto de suas bocas eram caídas. Um ricto descendente que não fazia sentido para mim.
A resposta variava: tristeza, sofrimento, choro, perda, amargura, arrependimento. Enfim, decepções da vida que deixaram suas marcas, gravando na pele como o buril na chapa para imprimir uma gravura.
Elas tiveram suas alegrias, mas parece que as tristezas marcam com maior profundidade e inclemência.
As melhores eram aquelas que tinham brilho nos olhos, apetite pela vida, alegria, esperança renovada por nada mais que uma xícara de chá ou um bombocado que tivesse sido feito com gosto.
Qual foi meu espanto ao ver o canto dos meus lábios com o mesmo ricto? Não sei...
Será que meus olhos ainda têm o brilho? Qual era a idade delas? Para onde foram todos os sonhos e as esperanças?
Simplesmente o tempo passou e eu também tive de tudo a minha dose. Continuo sem saber o que está por vir. Só sei que a cada dia estou mais próxima da linha de frente nesta batalha que se desenrola eternamente no Universo.
Vejo hoje estrelas que já não existem e ignoro aquelas que já nasceram mas ainda estão tão distante que nem posso imaginar a cor de sua luz.
Diante de tal dança, qual a importância desse ricto? Na verdade, qual a importância de qualquer coisa ou ser?
Mas, não quero apenas uma xícara de chá ou um bombocado.
Sou implacável. Quero mais. Quero ressurgir de minhas próprias cinzas, construir mais vida, vibração e estradas.
Preciso percorrer caminhos, encontrar motivos, desbravar dificuldades e conquistar o direito de dizer que vivi.
Não vou deixar marcas, nem preciso disso. Apenas ser implacável e não deixar que o tempo destrua o brilho nos meus olhos.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
#Creepypasta Zalgo (He comes)
Zalgo pode ser/é um meme onde uma pessoa pega uma foto/quadrinho popular e corrompe-o, com resultados assustadores. As pessoas também podem usar "textos bagunsados", como um longo caminho de dizer "Zalgo esta aqui" Zalgo pode ser reconhecido em qualquer contexto pelas duas palavras que as pessoas dizem quando Zalgo aparece...
"Ele vem".
Zalgo é um ser que poderia ser melhor descrito como um "horror", uma criatura de extrema terror. Ele é conhecido como "Aquele que espera atrás da parede" e "Nezperdian Hivemind" em alguns círculos. Ele é uma abominação sem olhos, com sete bocas. Sua mão direita segura uma estrela morta e sua mão esquerda segura a vela, cuja luz é a sombra e está manchado com o sangue de Am Dhaegar. Seis de suas bocas falam em línguas diferentes. Quando for a hora certa, o sétimo deve cantar a música que termina a Terra.
Para chamar o caos que representa mente-colméia.
Invocando a sensação de caos.
Sem ordem.
O Nezperdian mente-colméia de caos. Zalgo.
Aquele que espera atras da parede.
Zalgo!
Zalgo é a ideia de Dave Kelly (aka "Shmorky"), uma animação Flash e Something Awful "tonto". Foi mencionado pela primeira vez (mas não visto), em paródias de quadrinhos de jornais sindicalizados em uma página semi-secreta em seu site oficial.
Uma vez que a propagação do meme, Shmorky fez várias animações em flash (em seu estilo inimitável, é claro) fazem referência a ele, incluindo Zalgo. Curiosamente, segundo ele Zalgo afeta apenas quadrinhos, desenhos animados e ilustrações, e não a própria realidade. Bem, isso certamente invalida 99% das Zalgo pastas ... a não ser, é claro, ele esteja mentindo ...
sábado, 29 de junho de 2013
#Creepypasta Jack Risonho (Laughing Jack)
Era um belo dia de verão, meu filho de 5 anos de idade, James estava jogando lá fora, no quintal da nossa casa suburbana. James sempre foi um menino quieto, ele joga sozinho, principalmente, ele nunca teve muitos amigos, mas ele sempre teve uma imaginação fértil. Eu estava na cozinha, alimentando o nosso cão Fido, quando eu ouvi o que soou como James falando com alguém no quintal. Eu não tenho certeza com quem ele poderia estar falando, ele poderia ter finalmente um amigo? Sendo uma mãe solteira que é difícil para mim sempre manter um olho sobre o meu filho, então eu decidi ir para fora e ver como ele está.
Quando eu fui para o quintal eu estava um pouco confuso, porque James era a única pessoa lá atrás. Estaria ele falando sozinho? Eu poderia jurar que ouvi outra voz. "James! É hora de entrar. "Eu faleii para ele. Ele entrou e sentou-se na mesa da cozinha, era hora do almoço, então eu decidi fazer-lhe um sanduíche de peru. "James. Com quem você estava falando lá fora? ", Perguntei. James olhou-me por um momento, "Eu estava brincando com o meu novo amigo", disse ele sorrindo. Coloquei-lhe um pouco de leite e continuei a perguntar, como qualquer boa mãe faria. "Será que o seu amigo tem um nome? Por que não pediu a ele para almoçar com a gente? ", Perguntei. James olhou para mim por um momento antes de responder: "Seu nome Jack Risonho." Eu estava um pouco preocupada com o que ele tinha dito. "Oh? É um nome estranho. O que o seu amigo se parece? "Eu pedi um pouco confusa. "Ele é um palhaço. Ele tem cabelos longos e uma grande swirly cone no nariz. Ele tem braços longos e calças largas, com meias stripy, e ele sempre sorri." Eu percebi que meu filho estava falando de um amigo imaginário. Acho que é normal para crianças de sua idade ter amigos imaginários, especialmente quando elas não tem verdadeiras crianças para brincar. Provavelmente é só uma fase.
O resto do dia passou como de costume, e estava começando a ficar tarde, então eu coloquei James na cama. Cobri-o, dei-lhe um beijo, e fiz questão de ligar sua luz noturna antes de fechar a porta. Eu estava muito cansada, então eu decidi ir para a cama não muito tempo depois. Eu tive um pesadelo terrível ...
Estava escuro. Eu estava em uma espécie de parque de diversões decadente. Eu estava com medo, correndo através de um campo infinito de barracas vazias, quebradas, e cabanas do jogo abandonadas. Todo o lugar tinha uma aparência horrível. Tudo era preto e branco, os prêmios de pelúcia todos pendurados enfoecados nas barracas de jogos, todos com sorrisos doentios costurados em seus rostos. Parecia que todo o parque estava olhando para mim, mesmo que não houvesse outro ser vivo à vista. Então, de repente, comecei a ouvir uma música tocando. Os sons do Pop Goes the Weasel sendo tocado em uma sanfona ecoou pelo parque, ele foi me hipnotizando. Segui sua melodia para a tenda de circo quase em transe, incapaz de parar as minhas pernas de avançar. Estava escuro, a única luz vinha de um único projector que brilhava no centro da grande tenda. Enquanto eu caminhava em direção à luz a música parou, encontrei-me cantando incapaz de parar.
"Em toda a amoreira
O macaco perseguiu a doninha
O pensamento macaco era tudo uma brincadeira ... "
A música parou bem antes do seu clímax, e de repente as luzes ancenderam. A intensidade das luzes era praticamente cegante, tudo que eu podia ver era uma pequena escura embaralhada silhueta vindo para mim. Em seguida, uma outra apareceu, e outra, e outra. Havia dezenas delas, todas vindo em minha direção. Eu não podia me mover, minhas pernas estavam congeladas, tudo o que eu podia fazer era ver como os números assombrosos se aproximavam. À medida que se aproximava eu podia ver ... elas eram crianças! Quando olhei para cada uma eu percebi que elas estavam terrivelmente desfiguradas e mutiladas. Algumas tinham cortes em todo o corpo, outras foram severamente queimadas, e as outras estavam faltando membros, até mesmo os olhos! As crianças me envolveram, arranhando a minha pele, me arrastando para o chão, e rasgando-me. À medida que as crianças me rasgam em pedaços e desapareço, tudo que eu podia ouvir era o riso, horrível, horrível, mal, risos.
Eu acordei na manhã seguinte, em um suor frio. Depois de algumas respirações profundas Olhei e vi que algumas das figuras de ação de James foram posicionados de frente para mim em cima da minha mesa de cabeceira. Eu suspirei, James provavelmente tinha acordado cedo e colocádoass aqui. Juntei os brinquedos e fiz meu caminho para o quarto de James, no entanto, quando eu abri a porta James estava dormindo. Eu apenas dei de ombros e coloquei os brinquedos de volta em sua caixa de brinquedos, e dirigi-me à sala de estar. Um pouco mais tarde James acordou e eu fiz-lhe o café da manhã. Ele ficou quieto e parecia um pouco tonto, talvez ele não dormiu bem também. Eu decidi perguntar a ele sobre os brinquedos ", James, você colocou os brinquedos no quarto da mamãe, esta manhã?" Seus olhos dispararam para mim por um momento, então rapidamente olhou para baixo em seu cereal. "Jack Risonho fez isso." Revirei os olhos e respondi: "Bem, você diz ao 'Jack Risonho' para manter os brinquedos em seu quarto." James assentiu e terminou seu café da manhã, em seguida, decidiu ir jogar lá no quintal.
Fui relaxar na sala de estar e eu devo ter cochilado, porque eu acordei duas horas mais tarde. "Merda! Eu preciso verificar James. "Eu estava um pouco preocupada, tinha sido mais de 2 horas e eu não o verifiquei. Fui saindo para o quintal, mas James não estava mais lá. Eu estava ficando nervosa, então eu chamei por ele "James! JAMES Onde você está?! "Só então eu ouvi uma risada vindo do quintal da frente. Corri até o portão para a frente da casa. James estava sentado na calçada. Eu respirei um suspiro de alívio e caminhei até ele ", James quantas vezes eu já lhe disse para ficar no quintal ... James, o que você está comendo?" James olhou para mim, então enfiou a mão no bolso e tirou uma mão cheia de balas em todas as cores. Isso me deixou muito nervosa, "James, quem lhe deu esses doces?" James apenas olhou para mim sem falar. "JAMES! Por favor, diga a mamãe, onde você arrumou os doces. "James abaixou a cabeça e disse:"Jack Risonho me deu. "Meu coração afundou, ajoelhei-me para olhá-lo nos olhos", James eu tive o suficiente de Jack Risonho esta maldita coisa, ele não é REAL! Agora, esta é uma situação muito grave e eu preciso saber quem te deu os doces!" Eu podia ver os olhos do meu filho rasgar" Mas mamãe, Jack Risonho me deu o doce. "Eu fechei os olhos e respirou fundo , James nunca mentiu para mim, mas o que ele está me dizendo é impossível. Eu faço ele cuspir o doce e eu jogar o resto fora, James parece estar bem. Talvez eu esteja exagerando, afinal ele poderia ter vindo de Tom e Linda da casa ao lado, ou Mr. Walker do final da rua. De qualquer forma eu vou ter que ficar de olho em James. Naquela noite, eu coloquei James na cama como de costume, e decidiu ir para a cama cedo mesmo.
De repente, fui acordado por um estrondo vindo da cozinha. Eu saltei para fora da cama e corri pelas escadas. Quando cheguei à cozinha fiquei horrorizado. Cada coisa sobre os contadores tinha sido jogado no chão, e nosso cão Fido pendurado morto na luminária. Seu estômago foi aberto e recheado com doce, do mesmo tipo que James estava comendo mais cedo naquele dia. Meu choque foi rapidamente quebrado por um grito agudo vindo do quarto de James seguido por fortes quedas. Eu rapidamente peguei uma faca na gaveta e subiu as escadas com a velocidade que só uma mãe cujo filho está em perigo poderia ter. Eu irrompi pela porta e acendi as luzes. Tudo no quarto foi derrubado e jogado no chão, meu pobre filho em sua cama chorando e tremendo de medo, uma poça de urina de coloração das folhas. Peguei meu filho e corri para fora da casa e fui a casa de Tom e Linda, Felizmente eles ainda estavam acordados. Eles me deixaram usar o telefone e liguei para a polícia. Não demorou muito tempo para chegar, e eu expliquei o que tinha acontecido, eles me olharam como se eu fosse louca. Eles vasculharam a casa, mas tudo o que encontraram foi um cão morto e dois quartos na lixeira. O oficial me disse que alguém tinha provavelmente obtido na casa e fez isso direito antes de fazer uma fuga rápida quando me ouviu subindo as escadas. Eu sabia que não era verdade. Todas as portas estavam fechadas e nenhuma das janelas estavam abertas, o que estava na minha casa não vem de fora.
No dia seguinte, James permaneceu dentro de casa, eu não queria que ele sai-se da minha vista. Eu fui até a garagem e encontrei seu velho monitor do bebê e coloquei-o em seu quarto, se alguma coisa entra em seu quarto à noite, eu estava ouvindo para ser capaz de ve-lo. Eu fui até a cozinha e peguei a maior faca da gaveta e coloquei-a no meu criado-mudo. Amigo imaginário ou não, eu não vou deixar nada de machucar o meu menino.
A noite logo veio. Coloquei James na cama, ele estava com medo, mas eu prometi a ele que eu não ia deixar nada acontecer com ele. Cobri-o, dei-lhe um beijo, e acendi a luz noturna. Antes de fechar a porta, eu sussurrei-lhe: "Boa noite, James, eu te amo."
Eu tentei ficar acordada enquanto pude, mas depois de algumas horas eu me senti caindo. Meu bebê estaria seguro para passar a noite e eu precisava dormir. Assim que eu coloco minha cabeça no travesseiro eu ouvi um barulho suave veio do monitor do bebê que eu tinha colocado no meu criado-mudo. No início parecia que uma interferência, como o tipo rádio faria. Em seguida, ele se transformou em um gemido. Foi James dormindo? Então ouvi, a risada do meu pesadelo, aquela risada horrível. Eu saltei da cama e peguei a faca debaixo do meu travesseiro. Corri para o quarto de James e rangeu a porta aberta. Eu tentei o interruptor de luz, mas não acendeu. Eu dei um passo e eu podia sentir o líquido espesso quente em meus pés. De repente a luz noturna de James veio e eu podia ver o horror absoluto estabelecidos frente a mim.
Corpo de James foi pregado na parede, as unhas perfurando através de suas mãos e pés. Seu peito foi cortado aberta e seus órgãos pendiam para o chão. Seus olhos e língua tinha sido removido junto com a maioria de seus dentes. Eu fiquei com nojo, eu mal podia acreditar que aquilo era o meu menino. Então ouvi-lo novamente, o desesperado gemido. JAMES ainda estava vivo! Meu bebê, minha pobre criança, com tanta dor mal apego à vida. Eu corri através do quarto e vomitei no chão, mas a minha doença foi interrompido por uma gargalhada horrível vindo atrás de mim. Virei-me enquanto ainda enxugando bile da minha boca, em seguida, para fora das sombras surgiu o demônio responsável por todo esse horror, Jack Risonho. Sua pele branca fantasma e cabelos negros emaranhados caíam até os ombros. Ele tinha penetrantes olhos brancas cercadas por anéis pretos escuros. Seu sorriso torto revelou uma fileira de dentes afiados afiados, e sua pele não se parecia com a pele em tudo, ele quase parecia de borracha ou plástico. Ele usava uma desigual, preto e branco roupa de palhaço com mangas e meias listradas. Seu próprio corpo é grotesco, seus longos braços pendurados para baixo após sua cintura e do jeito que ele estava fez parecer quase sem ossos, como uma boneca de pano. Ele soltou uma risada doentia, como se para me avisar que estava satisfeito com a minha reação ao seu 'trabalho'. Ele, então, virou-se lentamente na frente de James e começou a rir ainda mais com a visão horrível que ele colocou para fora. Isso foi suficiente para afastar o meu terror, eu respondi, "Saia de perto dele seu bastardo!" Corri para o monstro levantando a faca em cima da minha cabeça para esfaquea-lo, mas assim que a faca tocou-o ele desapareceu em uma nuvem de fumaça negra. A faca passou para a direita e perfurou o coração ainda batendo James, espirrando o sangue quente em meu rosto....
Não ... o que eu fiz? Meu bebê, eu matei o meu bebê! Eu imediatamente cai de joelhos, eu podia ouvir as sirenes cada vez mais alto... O meu menino, meu menino doce... Eu prometi que a mamãe iria protegê-lo... Mas eu não... Me desculpe James... Eu sinto muito...
A polícia logo chegou e me encontrou na frente do meu filho, ainda empunhando a faca coberta de sangue do meu bebê. O julgamento foi curto, insanidade. Eu fui colocada na Phiropoulos Casa para criminosos insanos, onde estive nos últimos 2 meses. Não é tão ruim aqui, a única razão pela qual eu estou acordada agora, é porque alguém está tocando Pop Goes the Weasel fora da minha janela... reclamarei com os enfermeiros sobre isso de manhã...
quinta-feira, 27 de junho de 2013
#Creepypasta Apenas Sorria
Quando for um dia chuvoso. O sol não estiver brilhando e você se sentir deprimido. Desça a rua de sua cidade natal. Estrada. Sem calçada. Sem abadia. A estrada, mesmo que tenha carro, caminhe pela estrada. No meio. Você não deve temer os carros. Ou você certamente morrerá.
A caminhada vai parecer interminável. Mas não estranha, apenas sorria. Você não vai ouvir gritos. Sem dor. Sem agonia. Mas, ainda assim sorria.
Após Deus sabe quanto tempo o céu vai escurecer um preto escuro, mas se você olhar seu relogio ele não parou. Ainda é dia. Não importa o momento que você chegara lá. E não são 6:66, apenas um horario normal. Como 0:32 ou 5:51, esta é sua última chance. De a volta se você não estiver disposto.
Se você continuar. É importante nunca perder o seu sorriso. Se dói, continue sorrindo. Se você ainda está triste, sorria
Depois do que é teorizado para ser uma hora, você vai ver uma criança pequena. Ele vai perguntar se você pode compartilhar sua felicidade com ele. Mate-o, ainda sorrindo.
Outra criança menor virá até você, esfaqueando-o com uma lâmina escura. Você vai notar que o céu está desaparecido. Deixando um vazio negro, todos os sons sumiram. Exceto por você e as crianças. Se você está deprimido. Você vai não sentir nada e você vai acordar em uma clinica de sua cidade natal.
Se você está feliz. Ou, pelo menos, sorrindo. Você vai sentir uma dor insuportável. E sua dor não é normal.
É como se a dor viesse do próprio inferno. Se você ainda está sorrindo, ele vai pedir para compartilhar sua felicidade com ele.
Pelo amor de Deus, diga que sim. Se você disser não, você será colocado em coma interminável. ainda sentindo dor. E ainda estando acordado. Você não pode morrer. E sua alma vai ser torturada.
Se você disser sim, você vai sentir dor excruciante que é ainda mais doloroso. E você vai desmaiar. Quando você acordar, você estará em uma clinica de sua cidade natal.
Agora você vive uma vida sem felicidade. Mas você é agraciados com a sorte eterna. Sua expectativa de vida vai aumentar em dez vezes, você vai ter um parceiro e filhos lindos. E agora é muito inteligente, forte e carismático.
Boa Sorte e Sorria
A caminhada vai parecer interminável. Mas não estranha, apenas sorria. Você não vai ouvir gritos. Sem dor. Sem agonia. Mas, ainda assim sorria.
Após Deus sabe quanto tempo o céu vai escurecer um preto escuro, mas se você olhar seu relogio ele não parou. Ainda é dia. Não importa o momento que você chegara lá. E não são 6:66, apenas um horario normal. Como 0:32 ou 5:51, esta é sua última chance. De a volta se você não estiver disposto.
Se você continuar. É importante nunca perder o seu sorriso. Se dói, continue sorrindo. Se você ainda está triste, sorria
Depois do que é teorizado para ser uma hora, você vai ver uma criança pequena. Ele vai perguntar se você pode compartilhar sua felicidade com ele. Mate-o, ainda sorrindo.
Outra criança menor virá até você, esfaqueando-o com uma lâmina escura. Você vai notar que o céu está desaparecido. Deixando um vazio negro, todos os sons sumiram. Exceto por você e as crianças. Se você está deprimido. Você vai não sentir nada e você vai acordar em uma clinica de sua cidade natal.
Se você está feliz. Ou, pelo menos, sorrindo. Você vai sentir uma dor insuportável. E sua dor não é normal.
É como se a dor viesse do próprio inferno. Se você ainda está sorrindo, ele vai pedir para compartilhar sua felicidade com ele.
Pelo amor de Deus, diga que sim. Se você disser não, você será colocado em coma interminável. ainda sentindo dor. E ainda estando acordado. Você não pode morrer. E sua alma vai ser torturada.
Se você disser sim, você vai sentir dor excruciante que é ainda mais doloroso. E você vai desmaiar. Quando você acordar, você estará em uma clinica de sua cidade natal.
Agora você vive uma vida sem felicidade. Mas você é agraciados com a sorte eterna. Sua expectativa de vida vai aumentar em dez vezes, você vai ter um parceiro e filhos lindos. E agora é muito inteligente, forte e carismático.
Boa Sorte e Sorria
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Protesto
Protesto, pois já não aguento mais ser protestada.
Devo não nego, pagarei quando puder.
Quando poderei? Não sei. Um dia, quem sabe... Nesta vida, será ela suficiente para tantas dívidas?
Dívidas de gratidão, dívidas de injustiça, dívidas de amor e finanças. Ah! Dividas financeiras. Como sair delas.
Neste país você já nasce devendo e morre deixando dívidas de herança.
Todos lhe devem e você deve a todos. Uma ciranda eterna e maligna que consome suas entranhas e o mata em vida, pouco a pouca, minuto a minuto.
Acaba com suas alegrias, as pequenas satisfações, os pequenos desejos que nunca se realizam.
Tudo é proibitivo.
Você corta sua carne e sangra. Mas nunca basta. Amanhã chegam contas novas de dívidas antigas.
Para mim bastaria tão pouco. No entanto está muito além do que posso conseguir.
Ironia. Viver em meio ao fausto alheio, o desperdício e insatisfação de quem tudo tem e saber que o seu nada resolveria tudo.
Vergonha de se ver cobrado por aquilo que sabe ser sua obrigação assumida e juramentada, em tempos em que a vida lhe sorria, mas você não havia percebido que ela era banguela.
Ilusão. Nada além de papel destruindo a essência de quem poderia oferecer tanto a tantos.
Resta não o ultraje, mas o sentido da insignificância.
Devo não nego, pagarei quando puder.
Quando poderei? Não sei. Um dia, quem sabe... Nesta vida, será ela suficiente para tantas dívidas?
Dívidas de gratidão, dívidas de injustiça, dívidas de amor e finanças. Ah! Dividas financeiras. Como sair delas.
Neste país você já nasce devendo e morre deixando dívidas de herança.
Todos lhe devem e você deve a todos. Uma ciranda eterna e maligna que consome suas entranhas e o mata em vida, pouco a pouca, minuto a minuto.
Acaba com suas alegrias, as pequenas satisfações, os pequenos desejos que nunca se realizam.
Tudo é proibitivo.
Você corta sua carne e sangra. Mas nunca basta. Amanhã chegam contas novas de dívidas antigas.
Para mim bastaria tão pouco. No entanto está muito além do que posso conseguir.
Ironia. Viver em meio ao fausto alheio, o desperdício e insatisfação de quem tudo tem e saber que o seu nada resolveria tudo.
Vergonha de se ver cobrado por aquilo que sabe ser sua obrigação assumida e juramentada, em tempos em que a vida lhe sorria, mas você não havia percebido que ela era banguela.
Ilusão. Nada além de papel destruindo a essência de quem poderia oferecer tanto a tantos.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Tributo a Neil Gaiman
Desespero agarrou-se ao cérebro da mulher com seus tentáculos. Aproveitou as ancoragens deixadas por Desejo, mas ao invés da insensata leveza e flutuação de uma antiga suspensão, sentia a carne, os músculos e cartilagens romperem-se. Gritando. Dor e cérebro num infinito turbilhão de insuportável falta de qualquer resquício de possibilidades.
Cada grilhão e corrente trazendo à superfície da pele a insustentável sensação de impotência e exaustão. Flacidez da alma diante do inexorável sofrimento. Tormento eterno de quem desistiu de tudo.Da mais infinita profundeza de seu ser até a ponta do último fio de cabelo, a sensação insuportável de um mero capricho.
Neil Gaiman abraçado a Sandman, assistem a cena com ar tranquilo e quieto, como para ver quais os desdobramentos.
Deleite mal pode conter-se ao ver Destino e Delírio brincando com a mulher subjugada por Desespero, movidas apenas pelo tédio.
Tédio que não move sequer Destruição.
Falta apenas uma única imortal, aquela que a mulher sempre cultivou em seu coração, inspirou suas tatuagens, sua esperança derradeira, sua amiga fiel.
Mas, a irmã mais velha de Sandman, só vem quando chega sua vez. Ainda não é a hora. Esta será a jornada. Debater-se entre os seis imortais até que finalmente a Morte a brinde com sua bem-vinda presença, tão certa e inquestionável. Linda, exótica, forte e poderosa, tudo o que a mulher jamais conseguiu ser.
Cada grilhão e corrente trazendo à superfície da pele a insustentável sensação de impotência e exaustão. Flacidez da alma diante do inexorável sofrimento. Tormento eterno de quem desistiu de tudo.Da mais infinita profundeza de seu ser até a ponta do último fio de cabelo, a sensação insuportável de um mero capricho.
Neil Gaiman abraçado a Sandman, assistem a cena com ar tranquilo e quieto, como para ver quais os desdobramentos.
Deleite mal pode conter-se ao ver Destino e Delírio brincando com a mulher subjugada por Desespero, movidas apenas pelo tédio.
Tédio que não move sequer Destruição.
Falta apenas uma única imortal, aquela que a mulher sempre cultivou em seu coração, inspirou suas tatuagens, sua esperança derradeira, sua amiga fiel.
Mas, a irmã mais velha de Sandman, só vem quando chega sua vez. Ainda não é a hora. Esta será a jornada. Debater-se entre os seis imortais até que finalmente a Morte a brinde com sua bem-vinda presença, tão certa e inquestionável. Linda, exótica, forte e poderosa, tudo o que a mulher jamais conseguiu ser.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Engano
Sem açúcar, sem afeto, sem consideração, sem respeito, sem vontade. Como se a maldade fosse o filtro da poção que alimenta uma família que tudo lhe ofereceu.
Não há vínculos da alma que possam ser vistos a não ser quando um relacionamento acaba. Seja ele de que natureza for.
Descobrir-se envenenado pelas mãos a quem confiou suas refeições, suas roupas, sua sede, sua intimidade, suas pequenas alegrias e conquistas. Dividiu com você a mesa na fartura, viu sua situação deteriorar-se, sua despensa esvaziar, seus recurso extinguirem-se um a um, suas lágrimas pelas perdas e não ser capaz de ver tudo que lhe foi oferecido.
Agora pagar com juros, multa e correção por cada benefício concedido, consideração respeitada e respeito oferecido.
Descobrir-se cego diante da crueldade dissimulada em anos de falsa solidariedade.
Tudo resumido à letra fria e dura da lei mal escrita, mal interpretada e mal aplicada.
Falsas conquistas para quem sempre escondeu em seu amago aquilo que sempre foi.
Descrença. Nada resta, apenas o frio do engano.
Não há vínculos da alma que possam ser vistos a não ser quando um relacionamento acaba. Seja ele de que natureza for.
Descobrir-se envenenado pelas mãos a quem confiou suas refeições, suas roupas, sua sede, sua intimidade, suas pequenas alegrias e conquistas. Dividiu com você a mesa na fartura, viu sua situação deteriorar-se, sua despensa esvaziar, seus recurso extinguirem-se um a um, suas lágrimas pelas perdas e não ser capaz de ver tudo que lhe foi oferecido.
Agora pagar com juros, multa e correção por cada benefício concedido, consideração respeitada e respeito oferecido.
Descobrir-se cego diante da crueldade dissimulada em anos de falsa solidariedade.
Tudo resumido à letra fria e dura da lei mal escrita, mal interpretada e mal aplicada.
Falsas conquistas para quem sempre escondeu em seu amago aquilo que sempre foi.
Descrença. Nada resta, apenas o frio do engano.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Quase nada!
Queria que a vida coubesse numa mala.
Vida nômade.
Sem vínculos, sem compromissos, sem obrigações, sem dívidas, sem razões, sem pendências, apenas a vontade.
O sonho a realizar, o amanhã que é hoje.
Ter o mundo como lar. Quarto de hotel, barraca, barco, casa de amigo, parente.
Com ou sem companhia.
O desafio do novo a cada dia, moto perpetuo, ou não. Apenas ilusão. Realidade em constante mutação. Adaptação, palavra de ordem.
Criar do vácuo, sonhar sem razões, realizar por prazer, aprender como objetivo final, adivinhar o insondável, prever o intangível, tentar a esperança, desistir por capricho, investir pela insanidade, morrer ao acaso.
Partir como cheguei, sem nada. Mãos vazias, órbitas nuas, energia e matéria de volta ao seu ciclo. Quase nada, apenas uma mancha borrada que se foi sem ter deixado marcas.
Vida nômade.
Sem vínculos, sem compromissos, sem obrigações, sem dívidas, sem razões, sem pendências, apenas a vontade.
O sonho a realizar, o amanhã que é hoje.
Ter o mundo como lar. Quarto de hotel, barraca, barco, casa de amigo, parente.
Com ou sem companhia.
O desafio do novo a cada dia, moto perpetuo, ou não. Apenas ilusão. Realidade em constante mutação. Adaptação, palavra de ordem.
Criar do vácuo, sonhar sem razões, realizar por prazer, aprender como objetivo final, adivinhar o insondável, prever o intangível, tentar a esperança, desistir por capricho, investir pela insanidade, morrer ao acaso.
Partir como cheguei, sem nada. Mãos vazias, órbitas nuas, energia e matéria de volta ao seu ciclo. Quase nada, apenas uma mancha borrada que se foi sem ter deixado marcas.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Apenas palavras
No pênico da ganância, o café com leite largado ao lixo para cães e gatos. Carcomidos como um pergaminho abandona por Pandora , no frio e no calor de sua caixa, na potência da surpresa prometida pela libélula ao peixe na ponta da carretilha.
O comichão do carrapato, como uma corneta na reticência do gago entre a água e a jabuticaba, a prepotência do purgatório que precede o labirinto do inferno.
A piramide tridimensional, feita de toras e vigas poderosas, sobre a ignorância do padeiro e seu pães, na gelatina petulante da pedra, parapeito sem propósito, como purpurina para uma abelha em sua colmeia.
A luxúria do instante na ponte de enxofre, na ignorância do sexo, uma pantomima de pecados mudando pepinos para bicicletas, numa galeria de luxo no instante de perplexidade púrpura, por sua inconsistência, nas garras da genitália livre da égua da cor de vitrais de silicone.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Caos
Quem disse que o rabo do rei da rua vale mais que a pinta na xibiu da rameira ramelenta?
Não passa de um detalhe inatingível, pipocando na escuridão da candeias. Formando gárgulas, felinas, flexíveis e translúcidas, num deleite de cacoetes místicos, ronronando na escuridão do leve perfeiccionismo flexível, nos detalhes sedutores dos ósculos inebriantes de ninfas em eterno deleite poético.
Um jogo guerreiro com bombas de chocolates, coexistindo com o gutural deleite de uma princesa com aroma de manga e flor.
Abstrato e visceral, como a tangibilidade de um livro orgânico de uma deidade mítica com uma pitada de desvelo no ponto em que o trapézio ruidoso revela sua negritude.
Uma paródia, agregando a coexistência de balões e amoras transparentes, numa biblioteca de absurdos, flutuando perplexamente como um móbile poético com a energia de quaisquer tripés, com ou sem pantufas, para abafar sua caótica existência.
Não passa de um detalhe inatingível, pipocando na escuridão da candeias. Formando gárgulas, felinas, flexíveis e translúcidas, num deleite de cacoetes místicos, ronronando na escuridão do leve perfeiccionismo flexível, nos detalhes sedutores dos ósculos inebriantes de ninfas em eterno deleite poético.
Um jogo guerreiro com bombas de chocolates, coexistindo com o gutural deleite de uma princesa com aroma de manga e flor.
Abstrato e visceral, como a tangibilidade de um livro orgânico de uma deidade mítica com uma pitada de desvelo no ponto em que o trapézio ruidoso revela sua negritude.
Uma paródia, agregando a coexistência de balões e amoras transparentes, numa biblioteca de absurdos, flutuando perplexamente como um móbile poético com a energia de quaisquer tripés, com ou sem pantufas, para abafar sua caótica existência.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Infância
Certo, foi um tanto quanto desafiador escolher um assunto
para abordar. Como estou numa fase meio “deprê”, resolvi falar um pouco sobre a
infância, período que, hoje mais do que nunca, considero como o mais importante
na vida de uma pessoa. São os primeiros passos, as primeiras falas, as
primeiras ideias e palavras, literalmente.
Quanto
mais eu penso, mais concluo que somos fruto do contexto-social neste mundo
capitalista. E, como na infância as informações são guardadas de forma
especial, nos moldamos à lógica do sistema em que vivemos. Quando penso nisso,
a primeira coisa que me vêm à mente é a “Teoria do Caos”, popularmente
conhecida como “Efeito Borboleta”.
Para
quem não conhece, sugiro que dê uma buscada, pode ser pela net mesmo, é uma
doidera sem igual. Grosso modo, a teoria, determinista, coloca que os fenômenos
casuais também são governados por leis e que estas podem predizer dois
resultados para uma entrada de dados. O primeiro é uma resposta ordenada e
lisa, sendo que o futuro dos eventos ocorre dentro de margens estatísticas de
erros previsíveis. O segundo é uma resposta também ordenada, onde porém a
resultante futura dos eventos é corrugada, onde a superfície é áspera, caótica,
ou seja, ocorre uma contradição neste ponto onde é previsível que os resultados
de um determinado sistema serão caóticos. Uma verdadeira doidera, tentar
entender determinações no que não é ordenado, o caos.
Mas,
por que cargas d’água eu falei nessa teoria? Qual a relação com a infância?
Ora, segundo a teoria, alterações infinitesimais de temperatura, pressão, e
outros, causariam mudanças drásticas em pontos diferentes. Ora, com o ser
humano ocorre exatamente a mesma coisa, ao menos da forma que eu vejo. A
infância é a época em que mais se aprende justamente porque não se sabe nada, é
quando se forma o pensamento e caráter da pessoa, assim como traumas e
distúrbios. O que penso é o seguinte, imaginando que existem parâmetros que
devem, e que não devem, ser apresentados a uma criança, alterações
infinitesimais aleatórias podem impactar profundamente a mentalidade e
comportamento desta mesma pessoa anos/décadas depois. Logicamente que não
realizei experimentos para embasar, mas quando refleti sobre o assunto, me
pareceu extremamente plausível.
Acho
que vale colocar um exemplo. Imaginem uma criança, sei lá, de cinco, seis, sete
anos, ou menos. Se o ambiente em que esta criança vive é extremamente caótico,
pessoas gritando e brigando o tempo todo, por mais explicável que for o motivo,
imagino que a criança vai entender aquilo como se fosse algo natural ou, como
consequência drástica da variável aleatória, a criança vai ficar “travada”
quando exista maior pressão. Não me parece algo absurdo de acontecer. De vez em
quando fico vendo na televisão casos de pessoas que entram em escolas, matam
uma porção de alunos e depois se matam. Normalmente a primeira coisa que a
mídia faz é afirmar que “por ele jogar jogos eletrônicos violentos ele se torna
uma pessoa violenta”. Sinceramente acho isso uma balela.
Acho
muito mais real uma explicação sobre o meio em que essa pessoa cresceu para
explicar o que ela se tornou, pois é vendo o passado que conseguimos explicar o
futuro. Então, novamente, é só o que EU penso, uma criança que cresceu em um
ambiente violento possui uma propensão a compreender como coisa normal ou a
criar completo horror.
Agora
vem minha parte favorita da discussão, o que nos influencia predominantemente
na infância? Violência é um argumento não muito exato, pois constantemente
somos bombardeados por informações das consequências da violência, portanto não
é um bom exemplo. Mas e quanto a religião? Vamos imaginar, e não é tão
complicado, que desde crianças somos educados, no sentido mais perverso da
palavra, a pensar de determinada forma, a compreender verdades absolutas, sendo
que existem variações infinitesimais não estimáveis que alteram completamente o
campo da probabilidade. Qual seria o impacto desta educação na pessoa? Bem,
acho que para isso devemos observar o indivíduo, certo?
Certo,
então, vamos analisar o indivíduo. Não é nenhum segredo que a religião
dominante no Brasil é o cristianismo, fazendo ramificações para o catolicismo e
para o evangelismo. Não é difícil imaginar que valores cristãos colocados para
uma criança sejam agregados pelo resto de sua vida, afinal foi um dos alicerces
pelo qual ele desenvolveu a pessoa que é.
‘Mas Feanor, se você
considerar isso, tem de considerar que qualquer outro fator aleatório
influencia monstruosamente a vida da pessoa.
Quer dizer que se uma criança que tropeça ao tentar caminhar nunca vai
esquecer ou levar isso para a vida toda?’ Pelo menos seria isso que eu me
perguntaria.
Bem, de
certa forma, sim. Lógico que qualquer variação infinitesimal que ocorra na
infância ocasionará grandes mudanças no futuro, apesar de não saber se positivo
ou negativo, é impossível impedir ou negar todas, do contrário a criança seria
um vegetal vivo. A questão que coloco, e planejo terminar o texto com ela, é a
seguinte:
Porque
deixamos instituições e pensamentos absolutos entrarem em contato com as
crianças? Domesticação, talvez?
PS: peço desculpas, pois esse texto era para ter sido
postado ontem, 01/05/13, mas não consegui abrir a página para fazer uma nova
postagem. Espero que consiga agora, pois estou digitando tudo no Word.
PSS: Pretendo aprofundar esse assunto em algum texto mais para frente, muito provavelmente o próximo.
Att.
Feanor
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